Como eu gostava de poder ajudar este projecto.
Pediram-me para as representar e como é óbvio tenho que me esforcar para não defraudar as espectativas das mulheres de Ataúro.
Aceitei que pusessem as bonecas á venda na minha loja de artesanato, timorense e desta área geográfica, mas sei que elas gostariam de ver as suas bonecas conhecidas além fronteiras.
O mercado de Timor é diminuto, e a possibilidade de uma familia timorense poder comprar uma boneca é quase impensável.
As criancas timorenses habituaram-se a não ter brinquedos e os seus objectos predilectos para a brincadeira são pouco mais que paus e pedras.
Como eu gostaria de poder ajudar este projecto que envolve 30 mulheres de Ataúro, juntas numa organização que lhes dá apoio que as ensina a estarem juntas e a trabalharem em equipa.
Mulheres de Ataúro , uma pequena ilha que é parte de Timor Leste.
No dia em que a D. Luísa e Pietra vieram falar comigo, aceitei de imediato. No segundo encontro em vez da D. Luísa apareceu-me uma timorense, como eu, com um ar assustado porque nunca na vida tinha entrado numa sala de jantar ou numa loja com as caracteristicas do Furak.
Para ela tudo aquilo era como que um palácio. Eu, passo dias inteiros a barafustar com o Paul e digo que o edificio não tem condicoes.
Meu Deus que mundo este em que vivemos! Uns têm tudo outros nada têm.
